Excelentíssimo Deputado José Aldo Rebelo
A Língua é a primeira pessoa. MAzinho escreve a vossa excelência em terceira pessoa pela liberdade de escolher sua verbalização, paralela a mesma de usufruir de seus vocábulos. MAzinho refere-se a ti em segunda pessoa, pois duas terceiras pessoas juntas gerariam muita confusão, então que a segunda pessoa seja efetivamente a segunda. Mantendo-se a hierarquia legislativa, a segunda está à cima da terceira. Mantendo-se a hierarquia racional, a segunda vem depois da primeira: a Língua. E que a liberdade de escolha das pessoas mantenha-se viva nesta comunicação entre eleitor e elegível. A leitura e o conhecimento do projeto de lei de impedimento da utilização de estrangeirismos na Língua Portuguesa consterna MAzinho que defende a liberdade da Língua como a qualquer liberdade na concepção freedom desta palavra mais usada neste texto.
Observa que todo o povo tem uma Língua; o povo tem um governo que emana em seu nome; o povo é o conjunto de várias individualidades tão diferentes que se acredita formarem uma única nação, assim como um único governo, assim como uma única Língua. Cada elemento deste conjunto povo é um voto. Cada elemento humano é um idioleto único (redundância didática). A soma dos votos elege o governo. A soma dos idioletos elege a língua. A língua é tão mais escolha do povo que seus governantes.
Antes de existir o governo existia a Língua, antes de existir a Língua existia a voz, antes de existir a voz existia o silêncio. Foi a primeira coisa que existiu, o silêncio que ninguém ouviu. Intertextualidade para a liberdade! A língua cantada entra em apuros com Zeca Baleiro revendo o Samba do Approach. Na visão nacionalista tua, o parlamento poderia conferir medalha a Wellington Costa em seu samba beat do recém lançado disco wella.som onde faz a brasileração do inglês apresentando a eles the beat of samba, the batucada of banda e o deleite de entenderem melhor este swing jazzístico musical brasileiro tão nacional quanto a Língua. Cita-se Girl of Ipanema e Waves do Tom maior. Até o mais brasileiro Tom Zé fez o disco nomeado The Hips of Tradition. Só vou botar bib-bop no meu samba quando o Tio Sam pegar no tamborim, e o Filho do Jack do pandeiro mistura chiclete com banana. Não fiques de frigideira numa batucada brasileira.
Passeando o rato pelo écran e conectado a RMC (Rede Mundial de Computadores), noticia-se o aumento da SIDA na África. Não foi o próprio governo em suas campanhas de saúde que preferiu a AIDS à SIDA para não condenar as Cidas como a sua equipe de propaganda quase fez com os Bráulios e Chico Buarque de Hollanda involuntariamente fez com as Genis.
Sequeloforgetofobia desprezar tua própria mãe Língua, pois dela já usufruíste boa parte da tua vida. Não chamas tua advogada Zilah Joly e não processas MAzinho pela neologismação para que a sequeloforgetofobia não se torne uma idiolitice millorfernandeana. Ninguém chamou ninguém de sequelado, pois a parte estrangeira que tu tanto xenofobias pesa mais nesta criação neológica que a sonora lesão memorial. MAzinho sente-se proudado (pois orgulho não pode ser tão pejorativo) de suas criações vocabulares e admira as de Millôr. Confundir idiotice com idiolitice não só é a comprovação da mesma como a desautorização para interferir no que se fala, se escreve e se pensa em um país.
A lei depende da Língua para ser escrita. A Língua não depende da lei para existir. Não se cria idéias e ideais por decreto, muito menos palavras. E o parlamento defere sobre concurso para substituição dos vocábulos como microfone, escâner, lanche, surf e basquete. Rock´n Roll MAzinho vai deitar e rolar com Rolando Pedrinhas. Entre a globalização da comunicação e a globarbarização da sistemática, MAzinho elege e elogia a primeira.
A expressão verbal é livre e espontânea. Dinâmica e social, a Língua é a mais milagrosa e complexa invenção humana. Incontrolável. Indominável. Minha Língua, minha pátria, minha frátria, minha mátria. Não quero frátria nem mátria, mas quero a pátria da liberdade de escrever, de expressar e falar.
MAzinho SoL
domingo, 26 de abril de 2009
domingo, 29 de março de 2009
Carta de MAzinho 2 - LEnezinha
LEnezinha,
As Cartas de MAzinho, fazendo literatura, tornam-se cada vez mais verdadeiras quando coincidências que só ocorrem em ficção atropelam o caminho de MAzinho. Justo a primeira das cartas, endereçada ao mestre e inspirador de MAzinho para a literatura, é enviada para Júlio na primeira semana de aula de MAzinho. Júlio responde e é encontrado morto em sua biblioteca na semana seguinte. MAzinho perde a referência mas vê, pelo amigo, a necessidade de completar o curso e divulgar a cultura Juliana dos livros. Onde havia volatilidade, agora compromisso. Júlio Paulo Marcondes foi o melhor professor de literatura de Tupinikópolis; um dos maiores colecionadores de livros e uma maneira só dele de contar histórias. Poeta. Sonhador.
MAzinho relembra LEnezinha muitos bons momentos passados com Júlio. A Divina Comédia nunca mais será a mesma.Outro fator interessante que surge, a partir desta, é a definitividade das Cartas de MAzinho. Como não se pode mais alterar a correspondência ao primeiro destinatário, então segue regra para os posteriores. Uma obra em partes que não possui revisão. Ficção. Ilusão. Compulsão. Pulsão. São.
O curso de letras é bem engraçadinho. Fo’netika e ‘fe?ion. MAzinho vai aprender Latim. A história da civilização romana e a origem das línguas românicas leva a viagens profundas da cultura italiana feitas com LEnizinha. Será mesmo Pulo o pai do filho de Cleopatra que diz que o pai é Julius Cesar. Será que os Romanos conheciam os vírus, i, n. ou os venenos. Dizem que Leminski aprendeu latim sozinho. Nem me pergunte Leuconoe que fim os deuses nos preparam e se a Horati Flacci Carminum era Ode X ou XI, pois Júlio discute agora com Leminski e MAzinho fica sem resposta arriscando números de Babel.
Recorda-se das viagens gastronômicas: sushis, gambelis, bobós, poesia e ilha da magia. Ilha da Magia. Magia da casa no meio do mato, no meio da ilha, no meio do Atlântico (nec Tyrrhenum Mare), no meio do coração e no fim das idéias: Onde eu possa guardar tudo aquilo que a muito tempo eu não tinha onde colocar. Ilha infinito alimento do mundo de idéias pode tornar cartas infinitas. Um pedacinho de terra beleza sem par. Bateu da ponta do Pitoco ao Gravatá. Ilhéu da vista do canal.
Enquanto isto no recanto dos araçás, na casa do morro, limão siciliano e taiti crescem, galegos sobram, pimentas ardem, pitangas e laranjas aparecem no meio das bananeiras, carramanchão de maracujá forma-se. E o tempo parece que não sai do lugar. Um dia de volta pra ilha. Só um dia.
E no centro geodésio sul-americano muita luz e muita água. Berço de vida.
Muita luz e amor para ti.
MAzinho SoL
As Cartas de MAzinho, fazendo literatura, tornam-se cada vez mais verdadeiras quando coincidências que só ocorrem em ficção atropelam o caminho de MAzinho. Justo a primeira das cartas, endereçada ao mestre e inspirador de MAzinho para a literatura, é enviada para Júlio na primeira semana de aula de MAzinho. Júlio responde e é encontrado morto em sua biblioteca na semana seguinte. MAzinho perde a referência mas vê, pelo amigo, a necessidade de completar o curso e divulgar a cultura Juliana dos livros. Onde havia volatilidade, agora compromisso. Júlio Paulo Marcondes foi o melhor professor de literatura de Tupinikópolis; um dos maiores colecionadores de livros e uma maneira só dele de contar histórias. Poeta. Sonhador.
MAzinho relembra LEnezinha muitos bons momentos passados com Júlio. A Divina Comédia nunca mais será a mesma.Outro fator interessante que surge, a partir desta, é a definitividade das Cartas de MAzinho. Como não se pode mais alterar a correspondência ao primeiro destinatário, então segue regra para os posteriores. Uma obra em partes que não possui revisão. Ficção. Ilusão. Compulsão. Pulsão. São.
O curso de letras é bem engraçadinho. Fo’netika e ‘fe?ion. MAzinho vai aprender Latim. A história da civilização romana e a origem das línguas românicas leva a viagens profundas da cultura italiana feitas com LEnizinha. Será mesmo Pulo o pai do filho de Cleopatra que diz que o pai é Julius Cesar. Será que os Romanos conheciam os vírus, i, n. ou os venenos. Dizem que Leminski aprendeu latim sozinho. Nem me pergunte Leuconoe que fim os deuses nos preparam e se a Horati Flacci Carminum era Ode X ou XI, pois Júlio discute agora com Leminski e MAzinho fica sem resposta arriscando números de Babel.
Recorda-se das viagens gastronômicas: sushis, gambelis, bobós, poesia e ilha da magia. Ilha da Magia. Magia da casa no meio do mato, no meio da ilha, no meio do Atlântico (nec Tyrrhenum Mare), no meio do coração e no fim das idéias: Onde eu possa guardar tudo aquilo que a muito tempo eu não tinha onde colocar. Ilha infinito alimento do mundo de idéias pode tornar cartas infinitas. Um pedacinho de terra beleza sem par. Bateu da ponta do Pitoco ao Gravatá. Ilhéu da vista do canal.
Enquanto isto no recanto dos araçás, na casa do morro, limão siciliano e taiti crescem, galegos sobram, pimentas ardem, pitangas e laranjas aparecem no meio das bananeiras, carramanchão de maracujá forma-se. E o tempo parece que não sai do lugar. Um dia de volta pra ilha. Só um dia.
E no centro geodésio sul-americano muita luz e muita água. Berço de vida.
Muita luz e amor para ti.
MAzinho SoL
Carta de MAzinho 1 - Júlio Paulo Marcondes
The MAzinho first auto-declaration!
Meu confrade Júlio,
MAzinho está te escrevendo para contar as novidades do centro geodésico. Mas se é o próprio MAzinho que está te escrevendo, então porque MAzinho escreve: ¨MAzinho está te escrevendo¨? Porque MAzinho gosta de falar e escrever sobre si em terceira pessoa. ¨Isto é coisa de Reis, lembra Pelé, intendi¨.
MAzinho nasceu predestinado a ser um estudante de Literatura. Ingressou no curso de Literatura Noturno da Universidade Federal do Mato Grosso, no coração da América do Sul, em primeiro lugar no vestibular; dizem até que tinha nota para ingressar no curso de medicina, o mais concorrido da região. Ou seja, podia dizer com orgulho que estava estudando letras por pura opção, e não por falte de. MAzinho odeia física e matemática como todo estudante de letras, mas sabe porque tem segundo grau completo. MAzinho sempre achou estudar humanas um luxo superfulamente necessário: realmente fashion. MAzinho quer aprender, no curso, a escrever poesia. Acha lindo. Estilera. Sonha o dia de desfilar proudado pelas lanchonetes da universidade e bares da redondeza com seus livrinhos debaixo do braço arguindo: ¨Você gosta de Poesia?¨ MAzinho já começou a escrever seu primeiro soneto pelos primeiro e último versos, mas faltou o meio. Síndrome de Bento Santiago; ou seria aquele maestro que nunca conseguiu compor uma melodia.Na verdade, MAzinho estuda literatura porque quer escrever um livro. Na verdade não é bem um livro. É como uma Bíblia. MAzinho criou uma nova religião: o Ciênticismo. É com acento circunflexo no ê mesmo, porque tem uma regra gramatical que diz que nomes próprios de religiões não precisam seguir regras de acentuação. E se não fosse pela regra gramatical poderia ser por um dogma da religião; a própria: Ciênticismo. Mas MAzinho te conta mais sobre assuntos religiosos depois; sei que tu estás curiosíssimo para conhecer os princípios do Ciênticismo.
Conta MAzinho agora um causo da primeira semana de aula que envolve sua pessoa. A professora e coordenadora do curso, interessada em conhecer mais sobre este fenômeno do vestibular, questionou: ¨Por que razão você escolheu o curso de letras desta universidade?¨ Então MAzinho lembrou Júlio e disse: ¨MAzinho teve um professor de Literatura que admira muito. Júlio, melhor professor de literatura do Brasil. Ele comentou que este curso era dos melhores do país, com excelentes professores!¨ A catedrática fez uma cara estranha, dissimulada, mas parece que concordou. Será que alguém como ela, da área das letras, nunca ouviu falar de Júlio Paulo Marcondes?
MAzinho só não gosta desta história de que todo professor de literatura é viado. MAzinho ainda não sabe se vai mudar de time. Ainda tem quatro anos para decidir virar viado ou abandonar o curso.
Sobre a confraria, adoram-se os últimos livros. Os contos de Machado parece o mais lindo de todos os livros do mundo. A CBB sempre surpreende. Os livros e correspondência estão indo para a casa dos pais de MAzinho em São Paulo logo Júlio avisa MAzinho por meios internéticos sobre boletos e chegada de livros na residência do confrade. A quantas anda a publicação do livro do Júlio? Aguarda-se com expectativa e ansiedade.
MAzinho esta amando! Ela também é da universidade, estuda francês matutino. Seu nome LEnezinha, é riponga da Zimba. Lá da Santa e bela Catarina. Ela é surfista e pegava onda na praia da vila Praia da Vila. Veio ao centro-oeste atrás do amor. Cuiabá é muito doido, muita luz. Lenezinha manda lembranças a Júlio.
Por mais reporta-se depois.
Muita Luz e abraços
MAzinho SoL
Meu confrade Júlio,
MAzinho está te escrevendo para contar as novidades do centro geodésico. Mas se é o próprio MAzinho que está te escrevendo, então porque MAzinho escreve: ¨MAzinho está te escrevendo¨? Porque MAzinho gosta de falar e escrever sobre si em terceira pessoa. ¨Isto é coisa de Reis, lembra Pelé, intendi¨.
MAzinho nasceu predestinado a ser um estudante de Literatura. Ingressou no curso de Literatura Noturno da Universidade Federal do Mato Grosso, no coração da América do Sul, em primeiro lugar no vestibular; dizem até que tinha nota para ingressar no curso de medicina, o mais concorrido da região. Ou seja, podia dizer com orgulho que estava estudando letras por pura opção, e não por falte de. MAzinho odeia física e matemática como todo estudante de letras, mas sabe porque tem segundo grau completo. MAzinho sempre achou estudar humanas um luxo superfulamente necessário: realmente fashion. MAzinho quer aprender, no curso, a escrever poesia. Acha lindo. Estilera. Sonha o dia de desfilar proudado pelas lanchonetes da universidade e bares da redondeza com seus livrinhos debaixo do braço arguindo: ¨Você gosta de Poesia?¨ MAzinho já começou a escrever seu primeiro soneto pelos primeiro e último versos, mas faltou o meio. Síndrome de Bento Santiago; ou seria aquele maestro que nunca conseguiu compor uma melodia.Na verdade, MAzinho estuda literatura porque quer escrever um livro. Na verdade não é bem um livro. É como uma Bíblia. MAzinho criou uma nova religião: o Ciênticismo. É com acento circunflexo no ê mesmo, porque tem uma regra gramatical que diz que nomes próprios de religiões não precisam seguir regras de acentuação. E se não fosse pela regra gramatical poderia ser por um dogma da religião; a própria: Ciênticismo. Mas MAzinho te conta mais sobre assuntos religiosos depois; sei que tu estás curiosíssimo para conhecer os princípios do Ciênticismo.
Conta MAzinho agora um causo da primeira semana de aula que envolve sua pessoa. A professora e coordenadora do curso, interessada em conhecer mais sobre este fenômeno do vestibular, questionou: ¨Por que razão você escolheu o curso de letras desta universidade?¨ Então MAzinho lembrou Júlio e disse: ¨MAzinho teve um professor de Literatura que admira muito. Júlio, melhor professor de literatura do Brasil. Ele comentou que este curso era dos melhores do país, com excelentes professores!¨ A catedrática fez uma cara estranha, dissimulada, mas parece que concordou. Será que alguém como ela, da área das letras, nunca ouviu falar de Júlio Paulo Marcondes?
MAzinho só não gosta desta história de que todo professor de literatura é viado. MAzinho ainda não sabe se vai mudar de time. Ainda tem quatro anos para decidir virar viado ou abandonar o curso.
Sobre a confraria, adoram-se os últimos livros. Os contos de Machado parece o mais lindo de todos os livros do mundo. A CBB sempre surpreende. Os livros e correspondência estão indo para a casa dos pais de MAzinho em São Paulo logo Júlio avisa MAzinho por meios internéticos sobre boletos e chegada de livros na residência do confrade. A quantas anda a publicação do livro do Júlio? Aguarda-se com expectativa e ansiedade.
MAzinho esta amando! Ela também é da universidade, estuda francês matutino. Seu nome LEnezinha, é riponga da Zimba. Lá da Santa e bela Catarina. Ela é surfista e pegava onda na praia da vila Praia da Vila. Veio ao centro-oeste atrás do amor. Cuiabá é muito doido, muita luz. Lenezinha manda lembranças a Júlio.
Por mais reporta-se depois.
Muita Luz e abraços
MAzinho SoL
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