LEnezinha,
As Cartas de MAzinho, fazendo literatura, tornam-se cada vez mais verdadeiras quando coincidências que só ocorrem em ficção atropelam o caminho de MAzinho. Justo a primeira das cartas, endereçada ao mestre e inspirador de MAzinho para a literatura, é enviada para Júlio na primeira semana de aula de MAzinho. Júlio responde e é encontrado morto em sua biblioteca na semana seguinte. MAzinho perde a referência mas vê, pelo amigo, a necessidade de completar o curso e divulgar a cultura Juliana dos livros. Onde havia volatilidade, agora compromisso. Júlio Paulo Marcondes foi o melhor professor de literatura de Tupinikópolis; um dos maiores colecionadores de livros e uma maneira só dele de contar histórias. Poeta. Sonhador.
MAzinho relembra LEnezinha muitos bons momentos passados com Júlio. A Divina Comédia nunca mais será a mesma.Outro fator interessante que surge, a partir desta, é a definitividade das Cartas de MAzinho. Como não se pode mais alterar a correspondência ao primeiro destinatário, então segue regra para os posteriores. Uma obra em partes que não possui revisão. Ficção. Ilusão. Compulsão. Pulsão. São.
O curso de letras é bem engraçadinho. Fo’netika e ‘fe?ion. MAzinho vai aprender Latim. A história da civilização romana e a origem das línguas românicas leva a viagens profundas da cultura italiana feitas com LEnizinha. Será mesmo Pulo o pai do filho de Cleopatra que diz que o pai é Julius Cesar. Será que os Romanos conheciam os vírus, i, n. ou os venenos. Dizem que Leminski aprendeu latim sozinho. Nem me pergunte Leuconoe que fim os deuses nos preparam e se a Horati Flacci Carminum era Ode X ou XI, pois Júlio discute agora com Leminski e MAzinho fica sem resposta arriscando números de Babel.
Recorda-se das viagens gastronômicas: sushis, gambelis, bobós, poesia e ilha da magia. Ilha da Magia. Magia da casa no meio do mato, no meio da ilha, no meio do Atlântico (nec Tyrrhenum Mare), no meio do coração e no fim das idéias: Onde eu possa guardar tudo aquilo que a muito tempo eu não tinha onde colocar. Ilha infinito alimento do mundo de idéias pode tornar cartas infinitas. Um pedacinho de terra beleza sem par. Bateu da ponta do Pitoco ao Gravatá. Ilhéu da vista do canal.
Enquanto isto no recanto dos araçás, na casa do morro, limão siciliano e taiti crescem, galegos sobram, pimentas ardem, pitangas e laranjas aparecem no meio das bananeiras, carramanchão de maracujá forma-se. E o tempo parece que não sai do lugar. Um dia de volta pra ilha. Só um dia.
E no centro geodésio sul-americano muita luz e muita água. Berço de vida.
Muita luz e amor para ti.
MAzinho SoL
domingo, 29 de março de 2009
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