domingo, 11 de novembro de 2012

AI DE TI POSITIVO




Prefácio de Aí de ti Positivo
Trago na obrigação, pois seria pecado artístico ficar no desconhecimento, a divulgação deste texto genial de Júlio Paulo Marcondes. O Escritor de São José do Rio Preto – SP que pousou tempos em Curitiba e em Sampa escreveu prosa e poesia. Sua poesia pode ser apreciada no Faquir Loquaz, lançado um ano atrás. Sua prosa está quase na totalidade inédita. Este texto de 2003 foi arqueologado de seu rico agadê, onde existem obras maravilhosas.
Por ter passado pelo mundo do pré-vestibular, sua obra mais valiosa foi a discursada em suas aulas sempre concorridas por alunos enloquecidos por exatas e bitológicas e que encontravam nela uma fuga da maniaconeurose do Vestibular. Positivo é metonímia, a emprresa pelo produto. Educar é produto. Júlio foi o maior professor de cursinho do Brasil; do Brasil não, do mundo; do mundo não, de Curitiba!
Muita LuZ,
Mazinho SoL




AI DE TI, POSITIVO! E OU LAMENTAÇÕES DO POSITIVO.

 
Uma tentativa, bem humorada ou nem tanto, de parodiar Rubem Braga e Dalton Trevisan.
 

             (Dedicado a todos professores de Cursinhos e elaboradores de Vestibular)



 
A palavra do Senhor contra o Positivo no dia de sua visitação:

Suave foi o jugo de Nabucodonosor, rei de Babilônia, diante do Positivo escarmentado sob os anjos do Senhor, como aula ruim que não se pode assistir de chata que é. Ai, ai do Positivo, o seu lugar não será achado daqui uma aula.

AI DE TI, POSITIVO, porque eu já fiz o sinal de que é chegada a véspera de teu dia, e tu não viste; porém minha voz te abalará até as apostilas. Gemerei pelo Dedão; sim, porque a ti chamaram de Escola, e cingiram tua fronte com uma coroa de mentiras; e deste risadas ébrias e vãs no Bar Palácio.

O III Milênio acabou; o vestibular já mudou e tu não viste este sinal; estás perdido e cego no meio de tuas iniqüidades, de teus macetes e de tua malícia.

Grandes são tuas salas de cimento e vidro, e elas se postam desafiadoras; mas elas se abaterão. E os professores nadarão nas tuas vasas fétidas; e o Frio lançará granizo sobre ti num rebumbar de estouros, qual bombas de alunos em banheiros; qual fanfarras de Sete de Setembro, e todas as muralhas ruirão.

 No dia de suas aflições os diretores serão levados pelas mãos dos professores para a morte horrível. Da escola não ficará um giz, aqui um microfone, ali um guarda-pó rasgado; ninguém informará onde era a cantina nem a apostilaria.

O dia virá no meio do maior silêncio, com um sinal. O último sinal.

O que fugir da Batel não escapará da Ângelo, o que escapar da Vicente não fugirá do Júnior, mas o que escapar do Ambiental, da Unicemp, da Editora e dos convênios, esse não fugirá de si mesmo e terá morte pior. 

O relógio da secretaria marca a hora parada do dia de sua visitação.

Ó professor, passou o tempo assinalado. Os abutres afiam seus bicos recurvos por causa da aula de véspera que vem perto.

E as aranhas marrons habitarão a sala dos professores. Então quem especulará sobre o preço de tuas aulas? Pois na verdade não haverá aula alguma!

Ai daqueles que bebem no Capelle, quentes e aquecidos, e desprezam o vento e o frio do Senhor, e não obedecem à lei do inverno curitibano.

O pânico virá num intervalo no Batel, no meio do riso; o riso não será riso, diz o Senhor, as alunas desfilarão diante dos espelhos azuis e não darão com sua imagem.

A praça Espanha madrugará sem os olhos para não ver! As árvores do Ambiental  sacolejarão os enforcados como notas vermelhas no mural.

O colégio será um pátio com seus urros de chazão e maldições. Muitos descerão as escadas fugindo para debaixo das mesas e cada um terá mais de uma morte: uma, a que escolher, e outra pela espada do Senhor, que já assobia no ar.

Ai daqueles que passam em seus carros importados buzinando alto, pois não terão tanta pressa quando virem pela frente a hora da reprovação.

Tuas alunas se vestem luxuriosamente e pintam a tez, e teus alunos fazem das motocicletas instrumentos de concupiscência.

Uivai, alunos, e clamai, alunas, e rebolai-vos na cinza, porque já se cumpriram vossos dias, e eu vos quebrantarei.

Ai de ti, Positivo, porque é o dia da visitação, diz o Senhor. Das tuas pastinhas de ouro, das tuas questões na mosca, do teu bebedouro de água torneiral, a gente te perguntará: Que fim levaram?

Dá uivos, ó Rua Vicente, berra, ó Ângelo, uma espiga de milho debulhada é tua lousa: sabugo estéril.

O terror arrombará as portas, os mendigos pobres do Passeio Público destruirão os vidros, a escola federá como a jaula de um chacal doente.

 Onde estão os leões de chácara que guardam os alunos, e os professores, domadores de alunos, que guardam medrosos seus automóveis em estacionamentos, fugindo dos guardadores de carro?

Ai de ti, Positivo, porque os negros e os gays poderão passear em teus elevadores preconceituosos, e os meninos da favela, quando for chegado o tempo do Semi, jogarão bolinhas de papel nos professores; ou lançarão suas vaias dos altos tablados.

 E os pequenos estudantes que habitam os bairros pobres serão libertados para todo o número de suas gerações.

Por que rezais o Memorex em vossos templos, fariseus, e levais flores na praia de Caiobá em seus brancos reveillons? Acaso eu não conheço a multidão de vossos pecados?

Antes de te perder eu agravarei a tua demência, ai de ti, Positivo! Os gentios de teus shoppings descerão uivando sobre ti, e o marketing de tua própria agência se voltará contra teu corpo; mas a água salgada de Caiobá levará milênios para lavar os pecados de um só Super-Intensivo.

 E tu, Professor, filho de Diretor, ouve a minha ordem: reserva para os humildes as mais espaçosas carteiras de teu palácio, e as melhores bolsas, porque ali, eles estudarão.

 Maldito o dia em que filho de homem se matriculou; o dia em que se disse nasceu um colégio não seja lembrado; por que não foste sempre um deserto, em vez de cercado de vidros?

Ó Positivo Positivo Positivo, estendes os braços perfumados pedindo tempo, quando não há tempo. Onde estão os camelôs das pastinhas falsificadas do terminal Guadalupe? 

Ó Positivo Positivo Positivo, falso puritano escuta o grito do Senhor. É a prova final. Teu próprio nome será um provérbio, uma maldição, uma vergonha  eterna.

E no Cristal os demônios comerão os aprovados de seu vestibular somatório; e os vendedores da rua XV sairão nas colunas dos cronistas sociais. Pois grande foi a tua vaidade.

A rapina de teus mercadores do saber e a libação de teus perdidos; e a tua ostentação de teus gabaritos gentis, tudo passará.

Porém muitos ingênuos morrerão por se embebedarem no uísque falsificado de tuas festas. Acabou o banho de lama e o inútil saco de estopa! Onde há cachaça para tantos repetentes? Onde estão os Out-doors espalhados pela cidade?

Positivo, o Senhor chamou o teu nome e como o de Faraó rei do Egito é apenas um som. A espada veio sobre o Positivo, e o Positivo foi, não é mais.  

Não tremas, ó aluno de escola pública, nem tu, pacato colégio de freiras, a besta baterá vôo no degrau de tuas portas.

Pinta-te qual mulher pública e coloca todas as tuas jóias, e aviva o verniz de tuas unhas e dá tua última lição pecaminosa, pois em verdade é tarde para a recuperação; e que estremeça o teu corpo cheio de máculas, desde o Omar Shopping até o Batel,  porque eis que sobre ti vai a minha fúria, e o destruirá. Canta a tua última canção, Positivo! Até aqui o juízo do Curso Positivo.

 

              PROFESSOR JÚLIO PAULO CALVO MARCONDES


                  (Diretamente do sertão paulista para Curitiba.)


 

                     - FELIZ ANO NOVO-  Curitiba,  fins de 2003.

segunda-feira, 24 de setembro de 2012

Poesia livre no morro.

Não tem lógica,
Não tem regra,
Não tem nada.
Tem analógica,
tem a galera
e o galo na madrugado.

por Umberto Teixeira em 03/07/08

segunda-feira, 9 de abril de 2012

Poesia e Intertextualidade

Ciência do amor
(MAzinho SoL)

Da atração física
Ao tato em alta temperatura
Uma energia surreal
A força de vontade
O calor amigo
Trabalho do bem
Foco finito
Fim.

domingo, 25 de março de 2012

Outono na Veia, Primavera nos Dentes.



Outono na Veia, Primavera nos Dentes.


O fim de março em Floripa foi marcante pelo forte calor do veranico costumeiro e a temperatura alta das comemorações de aniversário da cidade e seus eventos culturais. Não, no título “Outono na Veia” não há alusão às drogas, como talvez haja nas bandas contratadas pelas cidades catarinenses de Florianópolis e São José para a comemoração de seus aniversários.  “Skank, na beira-mar de São José dia 18 de março”, este era o áudio do comercial da festa de comemoração do aniversário da cidade de 262 anos. Questiona-se se maconha talvez não seja de mais agrado e consumo da população, alem de menos sequelante. Droga maior é a oferecida pela prefeitura de Floripa: “Victor e Leo” com direito a gravação do DVD ao vivo. Droga da pesada, viciante e deprimente. Detalhe que o aniversário da cidade é dia 23 de março e o show só dia 28. Tudo a ver com o clima super country da ilha.  A possível comercialização futura do produto gravado pode ser considerado tráfico intolerável de drogas intoleráveis. Psicomato.


Mas voltando ao título, “Outono na Veia” não só é alusão à droga, como, pelo contrário, citação da qualidade. Outono na veia é um trocadilho com a música que corre no sangue da vida musical da Ilha, original de Biguaçu, homônima da canção dos Secos e Molhados: inspiração; Primavera nos Dentes, 12 anos depois, no palco da Maratona Cultural, na pracinha da Lagoa. Floripa Jurássico Park, lá se encontravam músicos, artistas e pessoas que fizeram parte da cena musical Ilhéu dos anos 90. Mané Beat. Ás 16 horas do sábado, 24 de março de 2012, o pernilongo avuou meio de lado e o cabelo do maluco ficou todo arrepiado com uma das bandas mais importantes da história do rock de Floripa voltando ao palco. No folder do evento estava escrito Primavera nos dentes [Rock Folk]: sutil detalhe. Os ratos que roíam minha roupa não são mais os mesmos e por isso eu sinto falta de você, e o público cantou junto, matando as saudades dos shows no Berro D’água, Matisse, Ganzá e Sufoco. Rostos se olhavam como quem diz: “Não te conheço de algum lugar”, e lá vai o tal, lendo um jornal de outros anos, com outros planos. TD continuava desengonçado e preciso numa bateria três números menor que ele. O capitão do barco vai levar a gente lá pro fundo do mar. Joe Zangga, todos os minutos com um sorriso no rosto emanando saúde e alegria; cantou como um macaco velho com o olho arregalado, com o sangue inflamado.  Enquanto Nei d’Bertta solava em sua harmônica um Meloso Blues, Duda Medeiros cantava junto na plateia a música que a sua Carne Viva também gravara. Márcio Packer, melhor até que Márcio Packer, mostrando boa forma é um Santana da Ilha. Saudades do Rogerinho, Ali Empaléia e da Isabela. Faltou Andreia, será que precisava de ensaio? Fazendo um som só de malandro, lá vai a tal Primavera fazendo este que talvez tenha sido o grande momento desta Maratona Cultural. Emocionante.


Após o Primavera, o princípio de chuva esvazia a praça e Luciano Bilu, o Jeff Beck da Ilha, o maior guitarrista destes Açores, e que nos 90 era Indiana Blues, sobe ao palco para solos perfeitos, mas difíceis de serem ouvidos, pois o teclado estava muito mais alto que a voz e a guitarra; difícil era ouvir isto e olhar para o mesa de som abandonada, sem um técnico de som para perceber e corrigir. Este descaso das empresas de sonorização da região com os artistas locais também é famoso desde os anos 90. Ridículo. Outro ponto negativo foi o Show de Lenine no trapiche da Beira-Mar. Com apenas dois músicos (ou talvez DJs), Lenine fez um show monótono, acompanhado por playbacks chatos e um baixo muito intenso, embolando um ruído cansativo. Não empolgou nem um pouco, até mesmo seu violão, normalmente ponto alto do show, estava com um som estranho e fraco. Falhou Lenine, falhou sonorização. O iriê salvou a pátria na preliminar do pernambucano, simples e certo, tiro certo. Reggae muito bom. Ritmo certo. Outro ponto negativo: alô prefeitura, não se faz Maratona Cultural numa cidade sem transporte público. Domingo só se foi a Beira-Mar de carro, não tinha vagas, não se via um ônibus; mas querer transporte público de qualidade em Floripa é pedir demais, isto são outros textos, pois minha filosofia é a filha da Sofia, e nada do que foi dito, será dito pelo dito ou por você.

MAzinho SoL, músico, produtor musical, crítico de arte e jornalista.


Olimpíadas, Um Espelho do Mundo - Texto Revista Its.


Olimpíadas, um espelho do mundo.

Neste ano, mas precisamente de 27 de julho a 12 de agosto de 2012, serão realizados os jogos olímpicos na cidade de Londres, na Inglaterra. Além obviamente do esporte, não podemos descartar a correlação das olimpíadas com a política e com a economia do planeta. Os jogos olímpicos sempre refletiram as posições políticas e as situações econômicas dos países que dele participam, e principalmente que o sediam. Sediar uma olimpíada é expor sua cidade e seu país para os olhos das outras nações. Receber milhares de visitantes certamente mexe com a economia e a vida das pessoas da cidade sede. Em 2012 é a vez de Londres, e, nós brasileiros devemos ficar muito atentos, pois sediaremos uma copa do mundo de futebol em 2014 e uma olimpíada no Rio de Janeiro em 2016.

Historicamente, encontramos vários fatos que nos mostram a relação dos jogos com o panorama político e econômico de seu tem tempo. Um dos melhores exemplos desta relação é a olimpíada de 1936 de Berlim. Realizada pouco antes da segunda guerra mundial, teve como objetivo mostrar para o mundo o poder germânico e a superioridade da raça ariana sobre os outros povos. Realmente, devido ao investimento e ao fato de estarem em casa, os alemães conseguiram o maior número de medalhas de ouro, 33 no total, mas Adolf Hitler teve que assistir de seu camarote o fenômeno negro norte-americano Jesse Owens que venceu quatro provas do atletismo, incluindo o 100 metros rasos. Hitler se negou a apertar sua mão e lhe entregar a medalha de ouro, retirando-se do estádio na cerimônia de premiação. As olimpíadas de 1940 e 1944 foram canceladas devido à segunda guerra mundial e nos jogos de Londres de 1948, o Japão foi proibido de participar e a União Soviética mandou apenas uma delegação de observadores.


Outro fato político importante ocorreu antes do início da olimpíada de Munique, na Alemanha, em 1972 quando um grupo de terroristas da Organização Setembro Negro da Palestina invadiu a vila olímpica e matou onze atletas da delegação de Israel. Durante o final da guerra fria nos anos 80 temos dois boicotes famosos: na olimpíada de Moscou em 1980, os Estados Unidos lideram um grupo de 62 nações, incluindo o Japão e a Alemanha Ocidental que não foram a esta olimpíada em represália a invasão soviética ao Afeganistão em dezembro de 1979; nos jogos olímpicos de 1984, em Los Angeles, foi a União Soviética que deu o troco, liderando um bloco de países socialistas que não foram aos Estados Unidos alegando falta de segurança para suas delegações.


Nos últimos jogos, com um mundo mais interligado e globalizado, os conflitos bélicos interferem menos e sobressai a força do poder econômico. Um reflexo disto é a diminuição de medalhas por países como os Estados Unidos e a Rússia, em função de suas crises econômicas e o aumento de medalhas de países emergentes como a China e o Brasil. A China organizou sua olimpíada em Pequim 2008, investindo no esporte e mostrando ao mundo seu poder. A olimpíada chinesa foi seu cartão de visita para o novo mundo globalizado, vindo junto com o crescimento de sua economia e sua importância política no mundo. Seguindo esta linha, o Brasil, cada vez mais forte e importando nas tramas da teia política internacional, recebeu a incumbência da realização de sua olimpíada em 2016 e pode seguir alguns passos da China.


A cidade de Londres já havia sediado duas outras olimpíadas, a de 1908 e de 1948 e uma copa do mundo de futebol em 1966, além de ser uma cidade já bem estruturada, principalmente na área de transporte público, mesmo assim muitos investimentos estão sendo realizados para a cidade receber os atletas e as competições. O Estádio Olímpico de Londres, onde serão realizadas as provas de atletismo, tem sua estrutura toda de aço e está sendo construído na região olímpica que faz parte do processo de regeneração do bairro de Stanford. Há uma preocupação muito grande do comitê organizador de não construir elefantes brancos (obras gigantescas com pequenas utilizações após o evento) e o que mais impressiona é a preocupação com o deslocamento: várias linhas de trem e metrô passam pelas sedes e vila olímpica. O comitê organizador acredita que mais de 80% dos atletas não demorarão nem 20 minutos para se deslocarem de suas hospedagens aos locais de prova. No Rio de Janeiro, o transporte já não é dos melhores e muitas obras deverão ser realizadas. Podemos aprender muito com estes jogos, para realizarmos, em 2016, uma olimpíada que leve para o resto do mundo uma imagem bela e positiva do nosso país.


Mazinho Sol, professor de Literatura do Colégio Solução. Mazinho é escritor, jornalista e critico de arte.

sexta-feira, 10 de fevereiro de 2012

Obras literárias UFSC 2013

A UFSC divulgou no início de fevereiro a lista dos livros que serão cobrados na prova de literatura de seu vestibular para ingresso em 2013. Na lista, repetiu-se um livro do ano anterior: “Memórias de um sargento de Milícias”, de Manoel Antônio de Almeida. Este é o único livro do Séc. XIX na lista e é um clássico romântico que já previa visões do realismo, lançando o anti-herói Leonardo. No ano que completamos 90 anos da Semana de Arte Moderna de São Paulo, dois modernistas de 22 estão na lista. As deliciosas lições de amor da Fräulein Elza de 35 anos e o adolescente Carlos de 16 anos, do livro “Amar, verbo intransitivo” de Mário de Andrade e o irreverente “Memórias Sentimentais de João Miramar”, de Oswald de Andrade. O romance Capitães de Areia do baiano Jorge Amado e o a peça de teatro “o beijo no asfalto” do polêmico escritor carioca Nelson Rodrigues são clássicos muito bem escolhidos para prova. Como de tradição, a UFSC sempre inclui autores catarinenses: Guido Wilmar Sassi, lageano, escreveu o livro “Geração no Deserto” que conta sobre a Guerra do Contestado entre Santa Catarina e Paraná e que virou filme em 1971 com o título: "A Guerra dos Pelados"; Silveira de Souza é contista do Grupo Sul, que instituiu o modernismo em Santa Catarina nos anos 40 e dele entra o livro “Ecos do Porão”. Completa a lista a coletânea de poesias de diversos autores, “Poesia Marginal” da série para gostar de ler.

1. Mário de Andrade
Amar, verbo intransitivo
Editora Agir
2. Nelson Rodrigues
Beijo no Asfalto
Nova Fronteira
3. Jorge Amado
Capitães de Areia
Companhia das Letras
4. Silveira de Souza
Ecos no Porão – volume 2
Editora da UFSC
5. Guido Wilmar Sassi
Geração do Deserto
Editora Movimento
6. Manoel Antônio de Almeida
Memórias de um sargento de Milícias
NUPILL/UFSC e diversas editoras
7. Oswald de Andrade
Memórias Sentimentais de João Miramar
Editora Globo
8. Diversos autores
Poesia Marginal
Editora Ática